Os Direitos das Mulheres (e dos Homens!)

Créditos Fotográficos: João Camilo


Vocês sabiam que também existe o Dia Internacional do Homem?
É verdade. É no dia 19 de Novembro.


E porquê que quase ninguém sabe? Porquê que não se assinala?
Porque, regra geral, se entende que os direitos dos homens já estão conquistados.

Eu, por acaso, não concordo que estejam. E porquê?


1. Os homens devem tomar para si a defesa da igualdade de género. Se mais não fosse, porque foi preciso uma mulher para os pôr no Mundo. Mas também porque numa Sociedade mais justa todos ficam a ganhar: no trabalho, todos se esforçam para o mesmo objetivo, com base no valor que acrescentam à equipa; em casa todos contribuem para as tarefas domésticas, sem ressentimentos nem cobranças


2. Os homens têm muitos direitos na parentalidade por conquistar. Precisam começar a usufruir dos direitos que já têm, sem medo de represálias. Precisam de lutar por mais direitos e fazer cair o preconceito de que quem cuida dos Filhos é apenas a Mãe. Pelo bem-estar dos Filhos, das Famílias (mas sem ser necessário pôr em causa os direitos das Mães!)


3. Os homens devem ser os primeiros a condenar a violência doméstica. Os números de mortes resultado da violência doméstica são avassaladores. Não é aceitável que, nos nossos dias, isto ainda aconteça! E os homens precisam ser os primeiros a condenar quem o pratica. De forma inequívoca.


Mas, a verdade é que não se sente a necessidade de assinalar o Dia Internacional do Homem. E eu gostava que o Dia Internacional da Mulher fosse assim.

Só que hoje, mais do que nunca, é importante falarmos deste dia. É preciso falar do mais básico direito de qualquer ser humano: o direito à sua segurança!

É urgente mudar a mentalidade no que diz respeito à violência doméstica. É urgente que os criminosos tenham penas pesadas, que se mostre que a violência não é, de todo, permitida no nosso País. É urgente proteger as vítimas, dar-lhes abrigo, apoio, ouvi-las!

É fundamental educarmos as nossas crianças para a igualdade. Estou a falar das raparigas, claro, para que nunca aceitem ser agredidas, nem nunca achem que mereceram; mas também os rapazes, que não podem ver uma agressão como algo normal, como uma coisa de rapazes.

Temos que parar este ciclo de violência! Temos que dar o exemplo aos nossos Filhos de não resolver as coisas com base na violência. Bater não é normal! Se lhes mostrarmos isto, todos os dias, acredito que o resto também vem por acréscimo!

Deixem de dizer aos rapazes que "parecem uma menina" em forma de crítica. Deixem de dizer às raparigas para se "portarem como uma princesa". Deixem as crianças brincar com o que lhes apetece, sem incutirem que uma cozinha ou uma boneca são brinquedos de menina e que uma bola ou uma ferramenta são de menino. Desconstruam esses preconceitos quando as crianças vos disserem isso. Participem, ativamente, na mudança que queremos para a nossa Sociedade.

Há ainda muitos direitos a conquistar para as Mulheres. O direito a sentir-se segura em casa não devia ser um deles!

Uma Sociedade segura e justa é uma Sociedade melhor para todos, e não apenas para as Mulheres!






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