Há uma coisa que todos precisamos perceber: não existem brinquedos de menina e brinquedos de menino. Existem brinquedos e as crianças devem poder brincar e explorar o que bem lhes apetecer!
Mas, por algum motivo, em pleno séc. XXI, apesar de se falar cada vez mais em igualdade de género e na importância que isso tem, para termos uma Sociedade mais justa, mais Feliz, o meu Filho de 5 anos continua a ser abordado por desconhecidas (sim, sempre por senhoras) quando leva a sua "bebé", "Joaninha, de zero anos" a passear.
"O que anda um meninO a fazer com uma boneca?!", perguntam-lhe, incrédulas. E ele responde, naturalmente e sem qualquer constrangimento: "Trouxe-a a passear. Ela gosta muito de passear comigo. E até diz 'Papá'!", diz orgulhoso.
Aquilo mexe com o meu sistema nervoso! Normalmente, as pessoas calam-se com a resposta dele. E eu não intervenho, para não estragar a naturalidade com que ele responde, nem incutir constrangimento numa situação que ele resolve tão bem. Ainda assim, não consigo perceber sequer o porquê da pergunta, sempre num tom de quem acha que a criança está a fazer algo errado...
Começa nestas "pequenas" coisas: os rapazes não brincam com bonecas, não brincam com cozinhas. E isto é reforçado pelas lojas de brinquedos que dividem as coisas entre brinquedos de meninos e de meninas (cada vez menos, felizmente!). Por sua vez, continua a ser validado por atividades e livros para rapazes e raparigas. E tudo isto vai servindo de reforço daquilo que todos devíamos combater.
Enquanto continuarmos a achar que as mulheres têm sorte quando os maridos "ajudam" em casa, ou que os Pais são fantásticos por mudarem fraldas e essas Mães, mais uma vez, são umas sortudas, as desigualdades vão continuar!
→ O Meu Marido Não Me Ajuda Em Casa
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