O Outono já chegou e, com ele, as cores, os cheiros e os frutos da estação.
Como já devem ter percebido, uma das formas que nós brincamos em Família, é com atividades orientadas. As minhas preferidas são as que usam materiais que temos à nossa disposição. Quando, ainda por cima, a atividade não se centra no resultado, melhor ainda. Gostamos de experiências, de aprender a fazer, brincando, de pôr as mãos na massa.
Em inglês há uma designação para o tipo de atividades de que mais gostamos. São as que dizem respeito à Educação STEAM: Science (Ciência), Technology (Tecnologia), Engineering (Engenharia), Arts (Arte) and Maths (Matemática). Mais do que atividades propriamente ditas, são uma filosofia de educação, com enfoque nas competências reais e no relacionamento de matérias entre si, numa aproximação maior ao mundo em que vivemos.
Sendo eu de Gestão, as áreas de Ciências, Tecnologia e Engenharia são um desafio, para mim também (dou comigo a pesquisar muito, para conseguir responder às perguntas que eles me colocam, e que são cada vez mais complexas). O segredo está em simplificar e em perceber que há mesmo imensas formas de abordar tema que não domino e que lhes posso responder que não sei as respostas para todas as suas dúvidas (e que podemos investigar juntos).
Esta atividade é, de facto muito simples e, ao mesmo tempo, muito rica!
MATERIAL
- maçãs
- recipiente (para evitar que as maçãs rolem para o chão)
COMO FAZER
1. dispor as maçãs no recipiente (que tem que ter um fundo liso) e desafiar as crianças a fazer uma torre com o máximo de maçãs que conseguirem
E é, na realidade, só isto.
Olhando para a atividade e para toda a dinâmica vamos ver que há muita coisa a acontecer em simultâneo:
→ temos a constatação que nem todas as maçãs são iguais e que, por isso, é importante escolher a que se vai colocar na base
→ temos a coordenação e precisão que é necessário para colocar as maçãs umas em cima das outras, sem deixar cair as que já lá estão
→ temos a noção de equilíbrio, para que a inclinação da torre não faça com que as maçãs caiam todas
→ temos o conceito de gravidade que fica demonstrado sempre que as maçãs caem
→ e, não menos importante, temos a resiliência que é necessária para voltar a tentar quando a nossa torre cai antes de a darmos por concluída
Tudo isto, acontece de forma orgânica e natural, fomentando a aprendizagem, como ela é mais enriquecedora!
No fim, e porque as nossas maçãs acabaram por dar muitos tombos (mesmo que dentro do recipiente, tivemos direito a crumble de maçã para o lanche 😉)
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