Epidural, sim ou não?


Eu tive dois partos muito diferentes!

Foram os dois normais e quando os meus Filhos decidiram nascer, mas as semelhanças terminam aqui. Bem, não exatamente, porque ambos os partos me deram os meus dois Filhos lindos, porque me senti respeitada e cuidada nos dois, porque, felizmente, só tenho coisas boas a dizer das equipas que me ajudaram a pôr os meus Filhos no Mundo.


Antes de continuar a escrever sobre este assunto, quero fazer uma ressalva muito importante: eu NÃO sou profissional de saúde, cada caso é um caso, cada mulher deve fazer o que fizer mais sentido para si! E sim, destaco a mulher porque, no fim das contas, quem vai sentir as dores é a mulher. Por isso, para mim, a decisão deve ser única e exclusivamente dela!

No meu caso, tomar ou não a epidural, não foi uma escolha minha (confesso que, se fosse, não tinha qualquer dúvida sobre a minha decisão: SIM, SIM POR FAVOR! 😉). Mas, por problemas de saúde meus, eu tive de tomar injeções de heparina todos os dias, o que condicionava a utilização da epidural. Já antes de engravidar eu sabia disso.

Com esta condicionante, o resultado foi um parto sem epidural e um com epidural. E, apesar de já saberem a minha resposta à pergunta, a verdade é que o primeiro é que foi sem epidural e isso não me impediu de ter o segundo, mesmo correndo o risco de ser, novamente, sem epidural! 😍

Mas vamos às diferenças que EU senti:

- das duas vezes, entrei no hospital por volta das 8h30/9h e ao início da tarde eles estavam cá fora. A principal diferença foi que, com epidural, a manhã foi mais calma. O Ricardo esteve tranquilamente a ler-me um livro, enquanto aguardávamos que o Rodrigo quisesse sair. Do Miguel foi bem mais difícil, e pareceu-me uma manhã bem mais longa! Apesar de a dor ser perfeitamente controlável em grande parte do tempo, lembro-me que, a dada altura, parecia que as contrações eram contínuas, por muita respiração que aprendi nas aulas de preparação para o parto que eu fizesse...

- quando chegou o momento de eles nascerem, com epidural, eu estava tranquila, confiante que tudo ia correr bem e que eu ia conseguir aguentar todo o parto, e apreciar cada momento. Sem epidural, eu estava muito mais agitada e insegura (claro que o facto de este ter sido o primeiro também tem a sua influência!)

- onde eu achei que sem epidural era melhor foi no momento de fazer força para eles nascerem. Sem epidural ninguém tinha que me dizer quando fazer força, nem onde, era muito mais intuitivo. Eu sabia perfeitamente. Cada parte do meu corpo sabia exatamente o que fazer e como fazer. Com epidural não! Tinham que me dizer em que momento puxar, quando estava a ter contrações, quando tinha que descansar. Neste ponto, não há dúvida que a epidural causa algum "ruído" ao nosso corpo...

- a forma como recebi os meus Filhos nos braços, também foi bastante diferente: do Miguel foi mais intenso, mais sôfrego; do Rodrigo estava mais serena, mais tranquila. Tive a sensação que o meu instinto estava mais alerta com o Miguel (quando não tomei a epidural). Mas as diferenças entre o primeiro e o segundo Filho também terão impacto nesta perceção e na própria necessidade de estar alerta que eu senti da primeira vez, onde tudo era novidade, onde tudo era desconhecido...


Depois destas duas experiências, confirmo que, se eu pudesse escolher livremente e se tivesse outro Filho, quereria tomar a epidural.

Mas também tenho a certeza que parir não define a Mãe que somos! É um momento. E não deve ser mais do que isso! O que importa, de facto, é o resultado final. E estarmos informadas para tomar as decisões que mais se identificam connosco. Mas não nos definirmos por essas decisões, nem deixarmos que essas decisões, prévias, nos impeçam de desfrutar do resultado final: ter o nosso Filho nos braços! Independentemente de como ele saiu!




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Comentários

Mamã Andorinha disse…
Aconteceu-me exactamente o mesmo! Mas não me arrependo de não ter levado. Beijinhos
Carina Pereira disse…
:)

O mais importante é o resultado final, não é?
Beijinhos