Não há nenhuma dúvida que, salvo as exceções que infelizmente existem, as Mães e Pais querem o melhor para os seus Filhos! E também será seguro afirmar que as nossas convicções vão moldar o futuro dos nossos Filhos. Mas, será que isso nos dá o direito de tomar todo o tipo de decisões por eles? Até onde vai a nossa liberdade individual e começa o direito dos nossos Filhos?
Desde a alimentação, à religião, passando pela educação, e sem esquecer, claro, a saúde, todos os dias tomamos decisões pelos nossos Filhos, sempre com a melhor das intenções. De forma mais ou menos informada, vamos optando pelo caminho que faz mais sentido para a nossa Família, tendo em conta as nossas crenças, opiniões e certezas. Mas será que faz sentido que seja assim em relação a tudo? Teremos nós sempre o direito de escolher?
Na minha opinião, não! Vacinar, ou não vacinar, não deveria ser uma opção!
Primeiro porque não afeta só quem toma essa decisão. Afeta a criança, que ainda não pode decidir por si. Põe-na em risco, quando o avanço da medicina lhe permite evitar esse risco!
Depois, porque põe em risco o resto da população também. Põe em risco quem ainda não foi vacinado. Põe em risco quem, por motivos de alergias ou outras situações clínicas, não pode ser vacinado. Põe em risco quem, apesar de ter tomado a vacina, não ficou imunizado. Sai, por isso, do âmbito das decisões pessoais, por ter um impacto que vai muito para além da esfera individual de quem a toma!
Não sei se a obrigatoriedade das vacinas do Plano Nacional de Vacinação resolve alguma coisa, ou não. Mas acredito que é preciso estabelecer limites para o que as Famílias podem decidir em nome dos Filhos. Dos seus Filhos e dos Filhos dos outros!
(Nota: se quiserem desconstruir alguns dos mitos da vacinação deixo-vos este post e este vídeo, que me parecem bastante esclarecedores)
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