Felicidade é ver os meus Filhos brincar no parque 😍 |
Das coisas mais difíceis que já fiz, depois de ser Mãe, foi deixar os meus Filhos na creche.
E não fica mais fácil no segundo Filho, que no primeiro...
Hoje foi o primeiro dia de escola do Rodrigo. Ele ficou muito bem, como eu estava, aliás à espera. Chegámos, dissemos olá à educadora, que ele já tinha ido conhecer, ele ficou num espaço que lhe é relativamente familiar (por ser a escola onde anda o Mano). Demos um beijinho, dissemos que se divertisse e que íamos voltar rápido.
E viemos embora... 😭😭😭😭😭
Ele ficou bem. Mas eu sabia que era só porque não sabia que, quando precisasse, nós não íamos estar lá para lhe dar colo, para lhe segurar a mãozinha, para o ajudar no que precisasse. Eu sabia que, mesmo conhecendo o lugar onde estava (e onde até gostava de brincar, quando íamos buscar o Mano), ele ia sentir-se num sítio desconhecido...
A vantagem de ser o segundo Filho, é que eu sei que, apesar de os primeiros dias serem difíceis (podem ler sobre os primeiros dias do Miguel aqui, aqui e aqui), eles acabam por gostar da escola. Hoje, depois de dois meses de Férias, com muita diversão, o Miguel gostou de voltar à escola. Ficou feliz por ver a educadora e os amigos. Quando cheguei, disse-me que se divertiu imenso! E isso deixa-me tranquila, claro!
Mas não faz com que seja mais fácil deixar o segundo Filho na escola!
Quando o fomos buscar, duas (muito longas) horas depois, ele estava a choramingar. Agarrou-se a mim e chorou, chorou, chorou. E ele não é de chorar...
Demorou um bom bocado a voltar a ficar tranquilo. Queria ir buscar o irmão. No meio do choro e da reclamação, ia dizendo "Mi" 💝. Lá lhe expliquei que o Mano estava bem, a divertir-se na escola, mas acho que ele não ficou lá muito convencido...
Depois ficou bem. Talvez um bocado mais mimalhinho, mas bem disposto. Gostou de ir, finalmente, buscar o irmão e de irem brincar no parque. Correram, saltaram, fizeram de conta que eram carros e aviões.
O pior de tudo é que, desta vez, eu já imagino o que nos espera nos próximos dias...
Já ouvi muitas teorias sobre qual a melhor forma de fazer a adaptação à escola. Desde a terapia de choque, à adaptação super gradual, o importante é tentarmos fazer o que nos parecer melhor para a nossa realidade familiar.
Do Miguel, por constrangimentos profissionais nossos, optámos por seguir a teoria de o deixar lá o dia todo, logo no primeiro dia. Expliquei-lhe muitas vezes o que ia acontecer. Fomos com ele, uns tempos antes, conhecer a educadora e o espaço. Ele adorava ouvir histórias e nós tínhamos um livro sobre o dia a dia no infantário, que lemos vezes sem conta. Ele estava entusiasmado com a escola, a bata, a mochila. Já falava, por isso era mais fácil ir percebendo o que ele achava e ele sabia o que ia acontecer. Mas, ainda assim, não reagiu muito bem e a adaptação não foi nada fácil.
Desta vez não temos os mesmos constrangimentos. O Rodrigo, apesar de gostar de livros, não tem o mesmo interesse em sentar-se a ouvir histórias. Ele ainda não fala quase nada, por isso, é mais difícil perceber até que ponto ele percebe mesmo o que se está a passar e o que vai acontecer a seguir. Por tudo isto, desta vez, estamos a fazer um meio termo. Não ficou o dia todo, logo no primeiro dia. Mas também não queremos que se habitue a sair a um determinado período do dia, para depois ter que se habituar a ficar mais tempo... Não sei se, desta forma, vai ser melhor, ou não. Não sei se lhe vai custar menos, ou não... A mim, o primeiro dia custou menos, por saber que o ia buscar dali a pouco... Mas, se o Rodrigo for como o Miguel, amanhã vai ser o pior dia de todos... É nestas alturas que queremos que as crianças sejam mesmo todas diferentes e que o facto de o segundo dia de escola ter corrido tão mal com o Miguel, não querer dizer que também vai correr mal com o Rodrigo...
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