Que todas as Crianças possam Ser Crianças

"Quando vejo uma criança, ela inspira-me dois sentimentos: ternura, pelo que é, e respeito pelo que pode vir a ser."

- Louis Pasteur


Hoje celebra-se, em Portugal, o Dia Mundial da Criança.

E eu gostava, sinceramente, que este pudesse ser apenas um dia de celebração das crianças, um dia para fazer um programa diferente com elas, um dia para lhes dar um miminho extra.

Mas, e apesar de a Convenção sobre os Direitos da Criança já ter sido adotada, pelas Nações Unidas, em 1989 (ratificada, por Portugal, em 1990), e de representar um vínculo jurídico para os Estados que a ela aderem, a verdade é que estamos muito longe de esta ser, de facto Universal.

Basta olhar para os quatro pilares fundamentais, que estão relacionados com todos os outros
direitos das crianças, para perceber que há ainda demasiadas situações em que estes são desrespeitados:

• a não discriminação, que significa que todas as crianças têm o direito de desenvolver todo o seu potencial – todas as crianças, em todas as circunstâncias, em qualquer momento, em qualquer parte do mundo.

• o interesse superior da criança deve ser uma consideração prioritária em todas as acções e decisões que lhe digam respeito.

• a sobrevivência e desenvolvimento sublinha a importância vital da garantia de acesso a serviços básicos e à igualdade de oportunidades para que as crianças possam desenvolver-se plenamente.

• a opinião da criança que significa que a voz das crianças deve ser ouvida e tida em conta em todos os assuntos que se relacionem com os seus direitos.


Por isso, não consigo deixar de pensar que a Convenção não existe para todas as Crianças. Que muitas passam uma vida sem que os seus direitos sejam respeitados e sem que haja alguém que faça alguma coisa por elas 💔


Criança deslocada espera a sua vez para receber alimentos, Paquistão.

Criança deslocada pelos confrontos em Gaza, Territórios Ocupados da Palestina.

Crianças da República Democrática do Congo

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